sábado, 24 de abril de 2010

O QUE É EMPREGABILIDADE

Empregar – ato de dar emprego, uso ou aplicação a; dar colocação; fazer uso de servir-se de aproveitar; lançar mão de utilizar; aplicar o tempo; ocupar-se; gastar, despender; aplicar; aproveitar os serviços e atividades de alguém; ser admitido a emprego, público ou particular.


Empregabilidade – palavra tão nova que não consta no dicionário. Relaciona-se com o termo employability que nos Estados Unidos significa a habilidade de ter emprego.

O termo empregabilidade foi criado para designar o novo posicionamento frente ao trabalho. As empresas investem no aumento da empregabilidade de seus funcionários para que possam ser úteis não apenas à própria empresa em função de um único cargo, mas ao mercado de trabalho do qual a própria empresa faz parte.

No início da década de 90 foi introduzido no Brasil, pelo professor Luiz Carlos Cabrera, o revolucionário conceito de Empregabilidade, que nada mais é do que a capacidade que um individuo desenvolve, de acumular e manter atualizadas suas competências, rede de relacionamento e conhecimento, de forma a ter sempre em suas mãos o arbítrio sobre seu projeto de carreira.

Hoje, dez anos depois, temos que concordar que a Empregabilidade, mais que um simples conceito, é uma realidade para aqueles que aspiram uma realização profissional. Em tempos de Nova Economia, quem não cuidar de sua própria carreira está sujeito às modificações no ambiente de trabalho, que não são poucas.

Nos dias de Hoje, com o deslocamento do emprego da área industrial para os serviços formais ou informais tudo mudou.No setor público, o funcionário é impelido a buscar outro perfil, mais flexível e rearticulado.

A nova feição do emprego atrai a atenção para um novo e significativo ponto; a empregabilidade. Esta “nova” palavra consiste no conjunto de conhecimentos, habilidades, comportamentos e relações que tornam o profissional necessário não apenas para uma, mas para toda e qualquer organização. Agora, mais importante que apenas obter um emprego, é tornar-se empregável, manter-se competitivo em um mercado em constante mutação. Preparar-se, inclusive, para várias carreiras e diferentes trabalhos - às vezes, até‚ simultâneos.

São muitos e variados os ingredientes da empregabilidade. Mas podem ser sintetizados em três componentes chaves que teremos a oportunidade de nos aprofundar no decorrer do trabalho:

• competência profissional,

• disposição para aprender continuamente,

• capacidade de empreender.

Pontos básicos que aumentam a empregabilidade.

  • Adequação da profissão à vocação – não existe mais separação entre estudo e trabalho, conhecimentos novos são gerados a cada minuto e o uso que se faz dele se torna uma vantagem competitiva, portanto, se dedicar a um assunto que lhe seja interessante fica mais fácil.

  • Formação sólida e contínua – apenas graduação não é mais diferencial, cursos de especialização e pós-graduação já fazem parte das exigências das empresas na hora de contratar.

  • Competência técnica e pessoal, informação constante e atualizada – tanto técnica quanto cultura geral.

  • Domínio de línguas estrangeiras (principalmente inglês e espanhol) e informática à ausência destes itens são critério de eliminação em um processo de seleção.

  • Vivência pessoal no exterior – em uma economia globalizada, conhecer outras realidades pode contribuir para o sucesso profissional. Caso não seja ainda possível, pode-se aproximar através da leitura de jornais e revistas estrangeiras.

  • Flexibilidade/adaptabilidade – a grande questão da empregabilidade é ser capaz de reagir rapidamente e, principalmente, pressentir a necessidade de mudança.

  • Competência interpessoal/ rede de relações – para ampliar a chance de uma recolocação assim como de desenvolvimento profissional, é necessário manter uma boa e eficaz rede de contatos.

  • Liderança, Atitude pró – ativa.

  • Boa saúde física e mental.

Todos estes itens aumentam a empregabilidade de uma pessoa, pois as empresas que ainda contratam, procuram pessoas empreendedoras, que sejam flexíveis e se adaptem a situações diversas, que saibam aproveitar as oportunidades, que não tenham medo de assumir riscos e que sejam independentes para tomar decisões importantes.

Principais pontos que diminuem a empregabilidade

- Falta de projeto profissional.

- Carreira gerenciada pela empresa.

- Longa permanência em uma mesma posição.

- Conhecimento adquirido em função do cargo.

- Rede de relações limitada e restrita.

- Desinformação.

- Individualismo.

- Passividade.

Uma pessoa que junto a si carrega todos ou mesmo alguns destes itens, não se mantém empregável por muito tempo, são pessoas que não aceitam as mudanças e que teimam em se manter acomodado.

O desafio da empregabilidade

Se tornar “empregável” é o grande desafio da atualidade e vai requerer mudanças de postura da empresa, mas, principalmente, do profissional. Este deverá ver o mundo como mercado através de constante análise das tendências de evolução, estar sempre se adiantando e combinado que o mercado precisa, com aquilo que oferece, ter uma permanente visão de marketing e administrar a própria carreira como um negócio.É imprescindível fazer freqüentemente uma avaliação de seu desempenho profissional para permanecer na direção certa.

As bases da Empregabilidade

Os seis pilares que sustentam a empregabilidade funcionam em conjunto – são a base! – e é a união de todos eles que dá segurança ao profissional, confere empregabilidade, isto é, capacidade de gerar trabalho, de trabalhar e de ganhar. São eles:

• Adequação Vocacional;

• Competência Profissional;

• Idoneidade;

• Saúde Física e Mental;

• Reserva Financeira e Fontes Alternativas;

• Relacionamentos.

Em relação à carreira de um profissional, estes pilares precisam estar coesos e articulados, de nada adiantando ter alguns em excelente nível e outros bem aquém dos demais, não satisfazendo nem as necessidades mínimas. É necessário, portanto, um forte equilíbrio entre todos eles, de modo a formar uma estrutura que evitará sua queda ao fundo do poço caso tenha que enfrentar uma demissão.

1. Adequação Vocacional

Diz respeito a estar na profissão certa, exercer atividade que corresponda à vocação do indivíduo. Do contrário, será pouco provável encontrar motivação e prazer no trabalho.

“Feliz é o profissional que encontrou a ocupação que corresponde às suas aptidões, seus interesses e suas possibilidades. Esse profissional tem prazer em trabalhar, porque cada dia é um momento de gratificação e realização”.

Aconselha-se aos profissionais que adotem uma atitude positiva e de busca de convergência entre o trabalho e a vocação, mesmo que tenha de trocar de emprego ou atividade, faz-se necessário uma auto-avaliação, reflexão ou até mesmo uma consulta aos serviços especializados em orientação profissional e vocacional a fim de se identificar claramente à vocação.

Trabalhar na área vocacional, ao passo que favorece o profissional através de suas aptidões, gostos, interesses e facilidades, proporcionam a este constante motivação, o que é um sinal de qualidade de vida no trabalho.

“Você é o Administrador de sua carreira. Uma proposta ou oportunidade é boa e dever aceita se contribui para o progresso de sua carreira e se ajusta à sua opção vocacional”.

2. Competência Profissional

Competência profissional é sinônimo de capacitação profissional, com a qual se compete no mercado, e compreende os conhecimentos adquiridos, as habilidades físicas e mentais, o jeito de atuar e a experiência. E isso tudo se desenvolve com a formação escolar, treinamentos, autodidatismo e vivência cotidiana.

É necessário cuidar da qualificação e atualização profissionais, pois, de outra forma, o indivíduo não desperta atenção, perde “atratividade”.

Grandes partes dos demitidos são pessoas acomodadas em seus empregos, que não acompanharam a constante e rápida alteração nas necessidades do mercado.

Tem que se manter um processo de aprendizado contínuo que possibilita ao profissional descobrir e aplicar soluções além das já experimentadas. E o profissional, além da competência técnica e gerencial, precisa de competência em comunicação e vendas, sendo seu próprio empresário, promovendo através de seu marketing a venda do seu trabalho, posicionando-se como um solucionador de problemas à disposição do mercado, fazendo-se presente e expondo suas habilidades no ambiente.

3. Idoneidade

O profissional idôneo, honesto, que conduz sua vida e seu trabalho dentro de princípios legais e éticos tem a seu favor a consideração, o apreço, a admiração e a confiança das pessoas, não apenas dos empregadores, mas também dos intermediários, informantes, amigos e clientes.

Atualmente, está se vivenciando no Brasil uma verdadeira revolução, de tal modo que os valores básicos como honestidade, respeito ao próximo, respeito ao limite entre direito e dever de cada pessoa estão ressurgindo e se encontram em um processo de reavaliação acelerado, em que ser correto é um grande negócio a curto, médio e longo prazo.

4. Saúde Física e Mental

Cuidar da saúde é buscar o equilíbrio entre o trabalho e o lazer, entre a obrigação e a diversão, entre o papel profissional e os demais papéis que desempenhamos na vida. Deve-se evitar um desgaste exagerado, que demandaria uma enorme reposição de energia.

A saúde da pessoa reflete em seus relacionamentos com as demais, transmite uma imagem melhor, interage de maneira favorável, despertando a confiança de seu interlocutor.

E a reeducação alimentar também diz respeito à saúde do indivíduo, merecendo igualmente atenção.

5. Reserva Financeira e Fontes Alternativas

Todo profissional precisa considerar a hipótese da perda do emprego, deve prever, também, despesas com atualização, cuidados com a saúde, para promover o lazer, tirar férias, viajar etc.

Essas reservas são uma conveniência, uma defesa, mais um pilar que garante a condição de empregabilidade do indivíduo, e irão sustenta-lo diante de qualquer contratempo.

Você precisa estar com os “óculos” que permitem enxergar possibilidades, identificar problemas que o levem a propor soluções.

6. Relacionamentos

Relacionamento é tecido a vida inteira. O relacionamento constitui-se num grande patrimônio profissional, e o marketing interpessoal é o registro dos relacionamentos, a necessidade que as pessoas tem de ser lembradas e contatadas.

Networking diz respeito à rede de relacionamentos, em que procura manter as pessoas informadas quanto a sua ocupação profissional e disponibilidade.

7. Colocando em prática

Colocando em prática todos os conceitos que descrevem a empregabilidade podemos considerar que a capacidade de ter emprego passa a ser mais importante do que o emprego em si. A evolução natural em uma carreira, 10 ou 20 anos atrás, era galgar degraus que significavam vencer uma etapa e passar para outra. Hoje, a situação é mais caótica. Pode-se subir, descer, ir para qualquer dos lados e mesmo assim ganhar (ou perder) o jogo. As carreiras são baseadas na execução de projetos de trabalho que exigem uma flexibilidade do profissional para atuar e circular entre os vários departamentos.

Você pode transformar sua vida, depende só de você, pois a escolha é sempre nossa, continua...

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